terça-feira, 22 de abril de 2008

TRATAMENTO DE IMAGENS - COMPACTAÇÃO

Conforme prometido na coluna anterior, darei continuidade ao tema Compactação, mais especificamente sobre como as imagens digitais são afetadas por este processo.

A grande maioria das câmeras digitais, especialmente as de uso não profissional, usam o formato JPG (ou JPEG) como base para reduzir o tamanho das imagens, do contrário estas ocupariam espaços imensos.

Quando transferimos as imagens da câmera para o computador, elas já estão compactadas e se o leitor mais curioso tiver o cuidado de verificar o tamanho das imagens (em Kb ou Mb) vai perceber que mesmo assim elas são bem grandes, em média ocupam mais de 2 Mb de tamanho, se não estivessem compactadas em JPG provavelmente ocupariam cinco vezes mais espaço.

Enviar uma imagem acima de 2 MB pela Internet não é um processo muito recomendável, especialmente se for por email, já que alguns servidores sequer aceitam anexos ou mensagens acima de 1 Mb.

Com banda larga não chega a ser um problema, mas neste momento estou enviando 70 fotos para minha irmã de Curitiba e o processo, mesmo em banda larga, já levou mais de uma hora e está em 61%. Nem sempre temos esta disponibilidade de tempo.

ENTENDENDO AS DIVERSAS MEDIDAS DAS FOTOS

Os diversos formatos de medidas das fotos digitais causam bastante confusão entre os leigos, que nunca sabem onde devem reduzir uma imagem. A confusão é natural, pois há diversos parâmetros que compõe um arquivo de foto digital.

Para efeitos de armazenamento ou transmissão por rede o único parâmetro que se deve considerar é o tamanho do arquivo, ou seja, aquele que é medido em Kb o MB (respectivamente kilobytes ou megabytes).

No entanto o tamanho de armazenamento está diretamente associado a três outros parâmetros principais:

MEGAPIXEL

O tamanho em MP (megapixel) tem a ver com a capacidade do dispositivo de captura de uma câmera digital. Mais MP significa mais qualidade de imagem e consequentemente, tamanhos maiores.

É comum confundir megapixel com bytes ou megabytes, são medidas bastante diferentes e creio que não seja o caso de entrar em detalhes técnicos sobre estas diferenças. Mas megapixel tem a ver com a captação da imagem e megabyte com a conversão da imagem para o formato digital.
 
RESOLUÇÃO DE LARGURA x ALTURA

As medidas em pontos, de uma imagem na tela do computador. Por exemplo, uma imagem de 640 x 480 tem 640 pontos de largura por 480 pontos de altura, é exatamente o tamanho da imagem conhecida por VGA, muito comum em telefone celular com câmera. Trata-se de um formato sem grandes capacidades, mal dá pra imprimir em papel com qualidade.
 
Imagens de grandes tamanhos nem podem ser vistas completamente na tela do computador ou de um aparelho de TV. Uma TV comum, por exemplo, costuma ter a resolução de 720 x 480, o que significa que uma imagem maior teria que ser reduzida para ser mostrada em uma TV. Portanto se a idéia é mostrar a imagem em uma TV não adianta ela ser maior, o ideal é que seja proporcional.
 
Reduções na quantidade de pontos afetam o tamanho final da imagem, daí a importância de usar o tamanho certo da resolução para a finalidade desejada.
 
RESOLUÇÃO EM DPI

Este parâmetro é o mais difícil de ser compreendido pelas pessoas que não são da área. DPI é um acrônimo do termo em inglês Dot Per Inch, que significa pontos por polegada;

Na prática significa a quantidade de pontos que a imagem tem em uma polegada impressa, ou seja, o DPI afeta diretamente a foto quando desejamos imprimi-la. Quanto mais DPI, melhor a qualidade da imagem impressa. Para impressões em grandes formatos é essencial ter um DPI bem alto.
 
Um DPI alto afeta apenas a impressão, raramente afeta a imagem que é vista na tela do computador. Para imagens da Internet costuma-se usar DPI 75 ou 150. Para impressões em tamanho até A3 costuma-se usar DPI 300. Para outros tipos de impressão o tamanho cresce exponencialmente.
 
O DPI é afetado quando mexemos nos outros parâmetros, ou seja, para ter um DPI alto precisamos também de mais megapixels e mais resolução de largura x altura.
 
Normalmente as câmeras digitais não oferecem controle de DPI, mas se a idéia é imprimir com qualidade as fotos devem ser tiradas com o máximo possível de qualidade oferecida pela câmera. Um programa gráfico (como o Photoshop) permitirá definir o DPI mais adequado a imagem.
 
Não é importante saber exatamente como funcionam cada um destes parâmetros, mas quem não tem sequer noção da existência deles tem dificuldades para fazer reduções corretas nas imagens e poder enviar para amigos.

CONHECENDO O PICASA2

É neste ponto que entra o PICASA2, um programa criado pelo gigante Google, que é disponibilizado gratuitamente através da Internet e não tem qualquer custo ou obrigações para o usuário.

O PICASA2 foi criado para facilitar a vida de quem lida com fotos digitais ele não só contém as ferramentas mais adequadas para efetuar pequenas correções na imagem, como também efetua automaticamente as conversões necessárias. O programa é oferecido em Português e tem tutoriais excelentes em seu Help, portanto não é o caso de eu tentar explicar o funcionamento destas ferramentas, apenas garanto que vale a pena conhece-lo pois com o PICASA2 ninguém mais terá que apagar fotos com olhos vermelhos, fotos meio escuras ou claras demais e até mesmo aquelas fotos tortas... ele corrige tudo isso com uma interface muito simples, que qualquer pessoa aprende a usar em segundos.

Mas além de fazer tudo isso o PICASA2 ainda faz mais duas coisas importantíssimas e que tem tudo a ver com nossa conversa de hoje.

A primeira delas é gravar um CD/DVD com as fotos.

Você quer enviar fotos para um parente, ou criar um CD capaz de ser executado também na maioria dos aparelhos de DVD, mas não tem a mínima idéia de como se faz isso?

Com o PICASA2 você só tem que fazer duas coisas.

1. Selecionar as fotos que deseja gravar no CD/DVD;
2. Clicar no botão CD PARA PRESENTE;

Pronto, a partir daí só terá que colocar um CD/DVD virgem no gravador do seu micro e aguardar, o PICASA2 faz tudo automaticamente e ainda cria um backup das fotos originais no CD/DVD.

É um processo absurdamente simples.

A segunda é permitir o envio das fotos para um álbum na Internet.

Primeiro será preciso criar uma conta no GMAIL e com esta conta criar um álbum no servidor de fotos do PICASA. É um procedimento bastante simples e não há necessidade de maiores esclarecimentos, já que é totalmente auto-explicativo.

Após ter criado seu álbum, poderá enviar as fotos para ele diretamente do programa PICASA2. É basicamente a mesma coisa que gravar um CD, tem que selecionar as fotos e depois clicar no botão ALBUM DA WEB e escolher qual o tamanho ideal.

Há 3 opções de tamanho, a pequena, média e outra em que as imagens mantém seu formato original.

Se a idéia é apenas mostrar as fotos para os amigos pode usar a opção de fotos menores que estará de bom tamanho, mas se a idéia é usar as fotos profissionalmente ou enviar para alguém que precise delas no tamanho original deve-se usar a opção adequada a isso.

Uma vez na WEB o seu álbum poderá ser visualizado por qualquer pessoa ou apenas pelas pessoas a quem enviar uma senha de acesso, caso prefira ter um álbum protegido.

E tudo isso absolutamente grátis. O Google oferece 1 GB de espaço gratuito para seu álbum, se precisar de mais pode comprar ou simplesmente abrir outra conta diferente, com um novo email.

Em MAIO estarei ministrando um curso, em formato de workshop, onde ensinarei, ao vivo. as facilidades do PICASA, quem tiver interesse em participar, envie email para:divino@gmail,com, solicitando informações.

IRFANVIEW

Além do PICASA2, indiquei para download, na coluna anterior o programa IRFANVIEW.

Também é um programa completamente gratuito, criado em 1996 por Irfan Skiljan, natural da Bósnia e trata-se do melhor visualizador de imagens que conheço.

Não considero o melhor porque faça mais do que outros, mas pelo fato de fazer o que é preciso, ter o tamanho adequado e ser absolutamente independente do sistema operacional. Pode ser levado em um Pendriver ou ser colocado num CD/DVD e permitirá visualizar ou tratar levemente qualquer tipo de imagem, com suporte para a grande maioria dos formatos.

Considero um programa indispensável e temos a felicidade do Irfan ser um sujeito bacana, nunca cobrou pelo programa e ainda diz, em seu site, que se sentirá recompensado se você enviar a ele um cartão postal de sua cidade.

Obviamente a competência do Irfan em programação já o colocou onde merece e será sempre lembrado por esta contribuição indispensável a quem lida com imagens.

Simplesmente baixe o programa, atualize o idioma para o português e verá que conseguirá dominar todos seus recursos em pouco tempo.

É infinitamente superior aos melhores visualizadores que vem com o Windows, é simples, é pequeno, é eficiente.

Parece até que foi compactado.

FINALIZANDO

Bom, creio que contribuí para tirar algumas dúvidas sobre compactação de imagem e sobre a utilidade disso.

Volto a insistir que é preciso sempre PRESERVAR A IMAGEM ORIGINAL, gerada pela câmera. Sempre que for mexer com uma imagem faça primeiro uma cópia dela e trabalhe na cópia, nunca na imagem.

O PICASA2 já faz isso para você, quando se aplica um filtro, um efeito ou uma correção ele faz isso em uma cópia da imagem, preservando a original automaticamente, exceto nos casos em que se manda apagar ou substituir a imagem original, mas nestes casos ele avisa claramente que o original será perdido.

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