terça-feira, 8 de julho de 2008

GERAÇÃO PENDRIVE

Minha primeira preocupação quando decidi escrever sobre este assunto foi tentar descobrir qual termo seria correto: pen drive, pen drive, pendrive ou ainda pen-drive e ainda as variações possíveis terminando por driver ao invés de drive.

Confesso que fiquei ainda mais em dúvida, pois em cada lugar se escreve de um jeito e no site da Kingston, um dos mais conhecidos fabricantes deste dispositivo simplesmente uma busca pelo termo ou variações resulta em "não encontrado", lá chamam de flash memory ou data traveler.

Preferi ficar com pendrive, que me parece o mais adequado, primeiro por ser um termo novo e segundo porque o encontrei em matérias de alguns dos jornais mais famosos do país.

Mas o que vem a ser um pendrive?

Basicamente é a junção de dois dispositivos, um conector USB (Universal Serial Bus) com uma memória flash, ou seja, uma memória eletrônica, capaz de manter dados sem alimentação.

Não existe um único modelo de pendrive, eles podem vir sob diversos aspectos ou dotados de diferenciais que ampliam sua capacidade ou função, alguns modelos são dotados de sofisticados sistemas de encriptação que impedem o uso dos dados por terceiros no caso de perda.

Recentemente tem sido tema de reportagens sobre segurança de dados pois estes pequenos dispositivos tem sido utilizados para espionagem, devido a facilidade com que podem ser transportados ou conectados a um computador.

E sua capacidade tem crescido exponencialmente, a ponto de um pendrive de 1 GB estar custando por volta de 20 reais e isso não é preço de comércio alternativo, é o preço que ele custa em lojas que pagam impostos. A razão é bastante simples, com a capacidade aumentando os pendrivers de menor capacidade começam a se tornar obsoletos.

E não são apenas os pendrives de menor capacidade que estão perdendo mercado, junto com eles vão outras mídias que antes eram utilizadas, especialmente o velho disquete de 3 1/2 polegadas, juntamente com seus acionadores, que deixarem de fazer parte dos computadores mais modernos já faz algum tempo.

Até mesmo os HDs começam a se tornar obsoletos, uma vez que alguns pendrives tem capacidade maior e custo menor, ocupam menos espaço e gastam menos energia, a tendência é irreversível.

Os CDs e DVDs também foram afetados, antes eram usados como um bom substituto para transporte de dados e atualmente voltaram a ser utilizados para suas finalidades iniciais, que era transportar músicas ou filmes, mas até mesmo nesta área começam a perder terreno para os pendrives que ameaçam ocupar também estas áreas.

VANTAGENS DE UM PENDRIVE

Comparado com outras mídias, o pendrive oferece especialmente mobilidade, é normal encontrá-lo pendurado no chaveiro das pessoas e modelos mais compactos correm até o risco de serem difíceis de serem encontrados, de tão pequenos.

A rapidez de acesso também é um fator que diferencia o pendrive de outros dispositivos de armazenamento de massa, por enquanto ele perde apenas para HDs de alta performance em tempo de acesso, sem contar que não precisa de um equipamento adicional para ser lido ou gravado... ou melhor dizendo, precisa sim, precisa de um dispositivo USB, mas este tipo de dispositivo é dos mais baratos e não se vê mais computador sem ele.

Na verdade, os conectores USB começam a tomar conta de tudo quanto é tipo de equipamento, já são encontrados em equipamentos de áudio, em celulares, em geladeiras e até em churrasqueiras, eu ri muito quando vi o anúncio de uma churrasqueira com USB mas depois pensei bem e entendi que não deixa de ser interessante.

Pendrives com criptografia tem excelentes aplicações comerciais pois são um meio seguro e eficiente de transportar dados, evidentemente este tipo de pendrive não está ao alcance de qualquer um, pois custam muito mais caro que os outros.

Eles estão invadindo também a área dos consoles de games e se o custo de produção ficar abaixo dos atuais CDs ou DVDs utilizados para os games é bem provável que sejam os futuros cartuchos de jogos e com certeza serão mais difíceis de serem pirateados.

O mais interessante é que as novas gerações de usuários de micros já vêem o pendrive como algo natural, eles jamais passarão pelo sufoco de ter que aguardar minutos enquanto um computador lia uma fita K7, ou mesmo um disquete e muitos não tem paciência nem para esperar o acesso a um pendrive... acham muito lento.

É um daqueles dispositivos que marcam a história e fazem diferença, provavelmente em alguns anos serão substituídos por algo ainda menor e mais eficiente, disso não tenho dúvidas, mas até lá terão deixado sua marca.

Hoje estava lendo uma matéria que escrevi em 1995, sobre Edição Não Linear de vídeo e na matéria eu informava que o custo de 1 gb de memória de HD era de mil dólares, a matéria pode ser lida no seguinte link:http://www.datacassete.com.br/revistas/informatica_cpu/informatica_cpu_03.pdf, está na página 20 de uma antiga revista de informática e o site acima serve de referência para quem se interessa pela história dos computadores pois guarda um respeitável acervo de revistas, manuais e outros tesouros.

Comecei a imaginar o que faria com um pendrive de 1 GB naqueles tempos mas cai logo do meu delírio pois naqueles tempos os computadores simplesmente não tinham conectores USB... os pendrives simplesmente não funcionariam.

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